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O primeiro contato do usuário ou seu cliente na edificação é no BALCÃO DE ATENDIMENTO. E a melhor forma de desejar BOAS VINDAS é deixá-lo acessível.


Na maioria das vezes, o balcão é o primeiro ponto de contato da pessoa com deficiência com os serviços oferecidos na edificação e um balcão que não é acessível cria simultaneamente os dois tipos de barreiras, física e de atitude, impedindo a plena e efetiva participação das pessoas na sociedade em igualdade de oportunidade.


Devemos garantir a circulação livre para a pessoa chegar até o balcão e um espaço na frente do balcão que permite um giro de no mínimo cento e oitenta graus, ou seja, um espaço de no mínimo um metro e vinte centímetros por um metro e cinquenta centímetros para a aproximação da pessoa (independente de sua deficiência), na frente do balcão.


O balcão de atendimento deve fazer parte da rota acessível da edificação e na frente do balcão devemos garantir a aproximação e o giro na frente do balcão.


Penso ser importante lembrar que, conforme a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, temos dois tipos de barreiras que impedem a plena e efetiva participação das pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades, as barreiras físicas e as barreiras de atitude.


Podemos resumir aqui como barreira física todo o elemento arquitetônico ou urbanístico e até mesmo o mobiliário no ambiente que de alguma forma impede o acesso e o uso das pessoas com autonomia, conforto e segurança.


E podemos entender aqui como barreira de atitude, ou barreira atitudinal, todo e qualquer comportamento preconceituoso que dificulta o relacionamento, o convívio e a oferta de serviços para as pessoas com deficiência, sendo esses comportamentos intencionais ou não.


A Norma técnica de acessibilidade classifica os balcões na edificação em duas categorias, podendo ser de informação ou de atendimento e cada um deles tem funções e características técnicas diferentes.


Vamos imaginar por exemplo que você deseja realizar um exame médico em um hospital, ou um outro exemplo, que você deseja conversar pessoalmente com o gerente em uma agência bancária. 


Em ambos os casos, ao chegar na edificação, você será recepcionado(a) em um primeiro ambiente para apresentar o seu pedido e receber a informação de onde e quando o atendimento será realizado e neste primeiro momento provavelmente haverá um balcão para você se dirigir até ele e fazer o seu pedido ao funcionário.


Em seguida será chamado(a) para se dirigir até outro ambiente onde haverá um outro balcão para receber o atendimento desejado.


Observe que neste exemplo tivemos duas atividades distintas, ou seja, uma atividade de apresentar uma informação e uma outra atividade de realizar o atendimento. A norma técnica de acessibilidade entende que para cada uma dessas atividades as características técnicas do balcão podem ser diferentes.


A norma técnica de acessibilidade entende que a informação pode ser oferecida às pessoas mesmo que as pessoas estejam de lado para o atendente, sem a necessidade do usuário e o atendente estarem de frente um para o outro. A isso a norma técnica classifica como aproximação lateral.


Já quando há um atendimento em que o usuário irá preencher um formulário, fazer um pagamento ou receber um documento das mãos do atendente, a norma técnica entende que o usuário e o atendente devem estar de frente um para o outro, ou seja, na chamada aproximação frontal.


Significa dizer que o segundo item é definir qual é o serviço que será oferecido no balcão e se este balcão será de atendimento ou de informação para saber se ele terá uma aproximação frontal ou lateral, respectivamente.









Agora vamos definir as características técnicas de um balcão de informação em que é possível ter a aproximação lateral e para isso devemos garantir:





Em ambos os casos, tanto no balcão de atendimento quanto no balcão de informação devemos instalar a sinalização, considerando a instalação de uma placa (ou adesivo) com o Símbolo Internacional de Acesso com tamanho mínimo de quinze centímetros por quinze centímetros, conforme indicado na letra ?g? do capítulo 5.3.2.2 da NBR 9050 de 2020, a saber:


?Esta sinalização deve ser afixada em local visível ao público, sendo utilizada principalmente nos seguintes locais, quando acessíveis:

? g) equipamentos e mobiliários preferenciais para o uso de pessoas com deficiência??


 

O item número cinco para garantir a acessibilidade nos balcões das edificações diz respeito ao chamado Princípio dos Dois Sentidos, definido no Capítulo 5.1.1 da NBR 9050 de 2020 dizendo que:


?As informações devem ser completas, precisas e claras. Devem ser dispostas segundo o critério de transmissão e o princípio dos dois sentidos.?


Significa que toda informação, toda placa ou toda a sinalização deve ser realizada obrigatoriamente através do uso de no mínimo duas maneiras, podendo ser visual e tátil ou visual e sonora. Por exemplo, o painel de chamada, muitas vezes realizado por um televisor indicando o número da senha e o balcão de atendimento, além de apresentar a sinalização visual, também deverá apresentar a sinalização sonora.


Significa também que toda placa instalada no balcão de atendimento ou de informação deve apresentar a sinalização visual e tátil, incluindo o texto em Braille. 


E lembre-se de manter uma boa iluminação no balcão.



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Parabéns, e com esses itens de adaptação dos balcões você estará garantindo a igualdade de oportunidade entre todas as pessoas, com um atendimento adequado, acessível, livre de barreiras físicas e livre de barreiras atitudinais à maior quantidade possível de pessoas.


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